Ajudar cada cliente a fazer conscientemente a sua escolha: esse é o objetivo da etiquetagem ambiental. Uma classificação que vai de A a E facilita a compreensão do impacto ambiental de cada produto.
Para ajudar a fazer uma escolha informada, desenvolvemos uma avaliação ambiental.Ajuda a comparar o impacto ambiental de diferentes produtos da mesma categoria.
No final de 2021, 63.4% dos nossos produtos (vestuário, calçado, outros têxteis) já beneficiavam de uma etiquetagem ambiental.
Isto resulta numa classificação calculada de A a E, que considera todo o ciclo de vida do produto:escolha da matéria-prima, fabrico, transporte, fim de vida...
Usamos uma unidade funcional para atribuir uma classificação ao produto. Esta unidade de medida avalia o serviço prestado pelo produto. Em linguagem simples, o que é que o produto fornece ao utilizador? De acordo com o quadro de referência da ’ADEME's (Agência Francesa de Transição Sustentável), o cálculo considera cinco questões:
- A função ou serviço do produto: o quê?
- A função ou serviço do produto: quanto?
- O nível de qualidade desejado: como?
- O tempo de vida do produto: quanto tempo?
- O(s) código(s) CPA (Classificação de produtos por atividade na comunidade económica): qual(is) código(s) CPA?
Os produtos são, obviamente, classificados por categoria. Como lembrete, as três categorias que têm uma classificação ambiental, por enquanto, são vestuário, calçado, e outros têxteis.
A DECATHLON concebe os seus próprios produtos desde 1986. Em 2008, surgiu a questão nas nossas equipas:qual é o impacto ambiental dos nossos produtos? Ao mesmo tempo, a etiquetagem ambiental estava a emergir, graças à regulamentação francesa resultante da cimeira ambiental de Grenelle em França.A DECATHLON decidiu envolver-se num projeto-piloto com dez outros retalhistas do setor retalhista. O que se seguiu foi uma experiência liderada pelo Ministério Francês do Ambiente e da Solidariedade Social, na qual 168 empresas se voluntariaram para participar.
Nos anos que se seguiram, a DECATHLON continuou o seu envolvimento na experimentação, que se tornou então europeia. Lançámos estudos de mercado para melhor responder às necessidades dos nossos clientes, e desenvolvemos parcerias.Trabalhámos também de mãos dadas com a ADEME e o Ministério Francês da Transição Sustentável.. Esforços que nos ajudaram a testar, pesquisar e adaptar a rotulagem ecológica, entrando numa dinâmica de melhoria contínua. A nossa meta: ajudar os consumidores a fazer a sua escolha, tornando a informação ambiental fácil de compreender e visível.
Em 2014 integrámos o cálculo ambiental nas nossas ferramentas de conceção para impulsionar o eco-design.
Em 2017, participámos na criação de uma base de dados ambiental de têxtil com a Agência de Transição Sustentável (ADEME) do governo francês. Foi colocada à disposição de todos e é agora a referência do setor.
Em 2019, a etiquetagem ecológica entrou em vigor para mais de 3.500 produtos DECATHLON.Um número que duplica a cada ano. Uma implementação saudada pelo governo francês que reconhece a DECATHLON como um pioneiro neste este sistema.
Em 2020, a nossa equipa responsável pelo projeto foi, a propósito, convidada pelo Secretário de Estado, Brune Poirson, para o apresentar durante a conferência de imprensa no Ministério Francês da Transição Sustentável.
Tendo o nosso sistema, montado em conjunto com a ADEME provado o seu valor, o governo francês decidiu incluí-lo na lei contra os resíduos para uma economia circular, anunciada no início do ano. Irá tornar-se-á obrigatório para todas as empresas de vestuário dentro de alguns meses.
Apesar da utilidade deste assunto e das nossas melhores intenções, um projeto desta escala também tem problemas que devem ser resolvidos:
- Acesso a dados, em particular, processos industriais, que nem sempre estavam disponíveis. Subsequentemente, tivemos de partir de uma folha em branco, o que representou um investimento significativo por parte das equipas envolvidas.
- a complexidade da questão. Muita investigação e cálculos estão escondidos por detrás da etiquetagem ecológica. Isto requer obviamente aptidões, e dedicação de tempo e energia.
- os nossos dados internos sobre design para poder estabelecer a etiquetagem. Antes de medir os nossos processos e o seu impacto, tivemos primeiro de os compreender. Isto exigia que as equipas trabalhassem de forma colaborativa.
- várias pessoas precisavam de formação, tais como engenheiros, para avaliar os impactos ambientais, e gestores de produtos, para os integrar nas especificações. Mais uma vez, tivemos de começar do zero porque as equipas não estavam realmente a ser coordenadas com base em critérios ambientais.
- ser pioneiro é uma fonte de orgulho, para além de todas as dificuldades: os consumidores não podem atualmente encontrar esta etiquetagem em todo o lado e, subsequentemente, comparar os diferentes retalhistas.
A nossa ambição é a de incluir a etiquetagem ambiental em 100% do nosso vestuário, calçado e outros têxteis até 2022. Muitos dos nossos colaboradores convencidos da necessidade do projeto, estão empenhados e trabalham todos os dias para atingir este objetivo. É graças a eles que estamos a avançar na direção certa.
Queremos também integrar plenamente a etiquetagem ambiental e, subsequentemente, o ciclo de vida do produto no nosso modelo de negócio. Significará também o desenvolvimento da reparação e aluguer do produto.
Por último, esperamos que o sistema de etiquetagem ambiental se torne mais acessível em toda a Europa graças a uma base de dados partilhada.Falaremos com a Comissão Europeia para demonstrar a utilidade e a importância deste projeto.
