Fabricar em madeira: causa ou consequência da desflorestação?
No final do séc. XIX, com o aumento da população, a produção de madeira registou um forte crescimento para suprir as necessidades de todos. É a matéria mais utilizada no setor industrial. Resultado: no início do séc. XX, apenas 10% da superfície do país era arborizada. Foi aí que se começou a ganhar consciência pela primeira vez, levando às primeiras medidas de proteção das florestas.
O mundo do desporto não era alheiro ao uso de madeira! Todos nos lembramos do par de skis de madeira no sótão dos nossos avós, ou da velha raquete de ténis vintage: a madeira está em voga e é apreciada pelas suas qualidades.
É em meados do séc. XX que o mundo industrial começa a interessar-se por outros materiais: dá-se a revolução do plástico. Mais fácil de trabalhar, mais rápido e não sofre alterações ao longo do tempo. A madeira é relegada para segundo plano e uma parte da sua utilização cai.
Há simplesmente uma tomada de consciência a nível mundial acerca do impacto global dos materiais. As pessoas começam a interessar-se pelos objetos e pelo modo como são fabricados. Criam-se condições para avaliar o impacto de um produto durante todo o seu ciclo de vida e de medir o impacto dos materiais utilizados. Com estas medidas, os materiais de origem natural parecem representar uma certa vantagem ambiental: nalguns casos, menos emissões de CO2 face a outros materiais.