A ecoansiedade: definição
Contração dos termos "ecologia" e "ansiedade", a ecoansiedade designa um conjunto de emoções dolorosas, de angústias, sentidas em reação às alterações ambientais atuais e futuras.
Concretamente, é o sentir-se triste, deprimido, ansioso ou ainda angustiado face à crise ecológica e às suas manifestações. Estas são, infelizmente, numerosas: incêndios gigantescos, inundações, aumento das temperaturas, desaparecimento de espécies, aumento do nível do mar, etc.
O conceito, relativamente recente, tem vindo a ser cada vez mais estudado e analisado pelos investigadores (nomeadamente em psicologia). No entanto, atualmente não existe uma definição única. Podemos contudo reter a que foi elaborada por um coletivo de investigadores da Oceânia (Universidade de Canberra, Universidade Nacional Australiana e Universidade Victoria de Wellington) no seu estudo publicado em novembro de 2021, intitulado "The Hogg Eco-Anxiety Scale: Development and validation of a multidimensional scale".
Para estes investigadores de psicologia, a ecoansiedade «representa as experiências de ansiedade devidas às crises ambientais. Engloba a "ansiedade devida à crise climática", bem como a ansiedade originada por uma multiplicidade de catástrofes ambientais, nomeadamente a eliminação de ecossistemas inteiros e de espécies vegetais e animais, o aumento da incidência de catástrofes naturais e de fenómenos atmosféricos extremos, a poluição em massa mundial, a desflorestação, a elevação do nível do mar e o aquecimento do planeta.»